25 de ago. de 2009

Cinema Moderno

Ensaio Por Roberto Moura (Revista Moviola)
Publicado em 12 de Maio de 2009



“Porra Monteiro, pra se entender de cinema no Brasil tem que se entender de Motion Pictures”,
Glauber Rocha
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Nessa procura do cinema moderno esse texto, que nessa primeira parte fala do mercado cinematográfico internacional do pós guerra, numa segunda parte repensa o neo-realismo e as transformações no cinema norte-americano, na terceira revisa a nouvelle-vague, a partir de um Truffaut implacável no Cahier du Cinema e de seu conflito com Godard, a quarta parte tem como tema a renovação da linguagem cinematográfica, a quinta relata as experiências de Fellini e Godard com grandes produtores, e a sexta aborda a Nova Roliúde e procura revisar e propor idéias.


PARTE I

VISLUMBRANDO UM CINEMA MODERNO

Fica difusa na memória do passado recente do cinema um conceito de “cinema moderno”, flagrando um determinado “cinema de arte” europeu que vem imediatamente depois do neo-realismo e a nouvelle-vague no novo cenário cinematográfico que esses movimentos criam e de que são resultado: a cinefilia culta de plateias jovens precocemente amadurecidas pela guerra, cinematecas, cineclubismo, revistas especializadas, festivais de cinema. Assim, o conceito remete a filmes, não mais de baixo custo e de exibição confidencial, mas produzidos com altos orçamentos e distribuídos internacionalmente com enorme sucesso no mercado exibidor de primeira linha, garantidos pela notoriedade de um grupo de realizadores que se notabilizara naqueles anos 1960. Filmes que saciariam um número considerável de espectadores formados pelos cinemas novos, artísticos e militantes, que surgem na Europa e na América Latina, que embora efêmeros, haviam deixado numa fatia nada desprezível do público – não mais uma pequena vanguarda de santos e heróis – uma marca definitiva de sua passagem. Uma safra cinematográfica que teria enorme importância particularmente no Brasil, uma vez que chega a nosso circuito no momento em que aqui era pulverizada pela repressão desencadeada pelo Ato Institucional nº 5 a cadeia nacional de cineclubes, onde, juntamente com a pequena rede de “cinemas de arte”, eram mostrados os filmes que se diferenciavam do “cinemão”2.continue lendo

Um comentário:

Blog de Ana Marly Jacobino disse...

Convido você a fazer como eu que estou sempre visitando o seu blog. Visite também o nosso, tá. Você vai gostar. Deixo aqui uma oração:"Que neste Natal possamos espalhar palavras de amor e amizade, e, que elas vocalizem no nosso "EU", incorporando o verdadeiro sentido da vinda de Nosso Senhor, no movimento histórico feito através do presépio de Belém. Reflita junto a sua família à importância de cada um ser o "Natal". Amém!

Ana Marly de Oliveira Jacobino